Foto: Ricardo Wolffenbuttel |
O Dia Mundial de Combate à Poliomielite, 24 de outubro, serve para conscientizar a população sobre os perigos da doença, também chamada de pólio ou paralisia infantil, e reforça a importância da vacinação. Santa Catarina está há mais de três décadas sem registrar novos casos, sendo o último em 1989. Desde então, o estado tem mantido elevados índices de cobertura vacinal, o que foi fundamental para a erradicação da pólio.
Os dados da Secretaria de Estado da Saúde, compilados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) indicam que até o mês de agosto o índice vacinal estava em 87,87%, a meta até o final do ano é de ultrapassar os 90%, a indicação nacional é de 95%. Em 2021 a cobertura vacinal foi de 83,77%, no ano seguinte, em 2022, de 86,33%, em 2023, com 91,81%,mostrando uma evolução.
“Não temos casos de paralisia infantil no estado há mais de 30 anos. Por isso, precisamos continuar aumentando a cobertura vacinal para que nem a pólio e nem outras doenças imunopreveníveis voltem a ser uma ameaça em nosso país. A imunização ainda é a única forma eficiente de prevenir a poliomielite. Estamos trabalhando em conjunto com os municípios, para alcançar a meta nacional”, destaca a gerente de doenças infecciosas agudas e imunização da DIVE, Arieli Schiessl Fialho.
A vacina contra a pólio é gratuita e está disponível em todos os centros de vacina nos municípios.
Recentemente, o Ministério da Saúde alterou o calendário de vacinação da doença, deixando de usar a vacina oral e adotando apenas o uso da vacina injetável. A vacina contra a poliomielite é indicada para todas as crianças menores de cinco anos no esquema de três doses, mais uma doses de reforço:
- 1ª dose: 2 meses com a vacina injetável (VIP)
- 2ª dose: 4 meses com a vacina injetável (VIP)
- 3ª dose: 6 meses com a vacina injetável (VIP)
- Reforço: 1 ano e 3 meses com a vacina injetável (VIP)
Poliomielite
Poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus (sorotipos 1, 2, 3), podendo infectar crianças e adultos por via fecal-oral (através do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas). Pode provocar ou não paralisia.
A multiplicação desse vírus começa na garganta ou nos intestinos, por onde penetra no organismo. Dali, alcança a corrente sanguínea e pode atingir o cérebro. Quando a infecção ataca o sistema nervoso, destrói os neurônios motores e provoca paralisia flácida em um dos membros inferiores. Se as células dos centros nervosos que controlam os músculos respiratórios e da deglutição forem infectadas, a doença pode ser mortal. O período de incubação varia de 5 a 35 dias, com mais frequência entre 7 e 14 dias.
Assessoria de Comunicação SES
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