Foto: Robson Valverde Ascom/SES |
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, realiza a Capacitação em Diagnóstico e Tratamento da Hanseníase. Com abordagem na Avaliação Neurológica Simplificada, o evento ocorre nesta quinta e sexta-feira, 24 e 25, em Florianópolis e São Pedro de Alcântara. O objetivo é fortalecer os profissionais de saúde para melhoria na qualidade da atenção, detecção e tratamento da doença, contribuindo para redução das incapacidades físicas.
A capacitação conta com aulas teóricas e atividades práticas no Hospital Santa Teresa, serviço de referência estadual para a hanseníase. Participam do evento médicos, fisioterapeutas e enfermeiros da Atenção Primária à Saúde .
Dentre os estados da federação, Santa Catarina encontra-se entre os que estão com reduzida detecção de casos, ou seja, baixa endemicidade. “A doença continua como problema de saúde pública pela elevada proporção de incapacidade física. Na descoberta dos novos casos, cerca de 50% dos pacientes apresentam algum comprometimento físico em consequência do diagnóstico tardio (deficiência grau 1 e grau 2), afetando a qualidade de vida, gerando estigma e preconceito aos indivíduos acometidos pela doença e seus familiares”, destaca Regina Valim, gerente de IST, HIV/AIDS e Doenças Infecciosas Crônicas.
Hanseníase
Também conhecida como lepra, é uma doença infecciosa de evolução lenta, causada pelo mycobacterium leprae, também denominado bacilo de Hansen. Ela afeta principalmente a pele, os nervos periféricos, as vias respiratórias superiores e os olhos. A hanseníase é conhecida há muitos anos e carrega um forte estigma social devido às suas manifestações físicas, que, no passado, eram associadas a deformidades e isolamento.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado reduzem esse risco. Embora curável, a doença permanece endêmica em várias regiões do mundo. No Brasil é considerado um grave problema de saúde pública.
Transmissão
A transmissão da hanseníase ocorre através de gotículas respiratórias, especialmente em contatos prolongados com pessoas infectadas e não tratadas. No entanto, a bactéria tem uma capacidade de infecção relativamente baixa, e a maioria das pessoas expostas à M. leprae não desenvolve a doença. Isso se deve, em grande parte, à resposta imunológica individual.
Prevenção
A prevenção inclui o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, que interrompe a cadeia de transmissão. A vigilância de contatos próximos de pessoas com hanseníase também é fundamental.
Assessoria de Comunicação SES
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