Santa Catarina confirma circulação da sublinhagem Ômicron BQ.1.1 do Coronavírus

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC) e do Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN/SC), informa que foi confirmada na quarta feira, 9 de novembro, a circulação da sublinhagem BQ.1.1 do vírus SARS-CoV-2 em Santa Catarina.

Tratam-se de 5 pacientes residentes dos municípios de Camboriú (1), Florianópolis (2), São José (1) e Joinville (1), cujas amostras foram coletadas entre os dias 11 e 21 de outubro.

Os casos foram processados pelo LACEN/SC, através da técnica RT-qPCR e confirmados por sequenciamento genômico, que identificou se tratar da sublinhagem BQ.1.1 da variante Ômicron do Coronavírus realizado pelo Laboratório de Referência Nacional para Santa Catarina, a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ).

O superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, informa que é uma sublinhagem da variante BQ.1. “Trata-se de uma sublinhagem da variante BQ.1 que atualmente vem circulando na Europa e tem provocado aumento no número de casos na região. Sua principal característica é apresentar mutações na proteína spike, que permitem que ela se ligue e infecte nossas células com maior facilidade. Com isso, a variante BQ.1.1 pode apresentar alta capacidade de ser transmitida entre a população, inclusive apresentando risco de escape vacinal para casos leves. No entanto, em pessoas que tenham recebido as doses de reforço, a infecção pela BQ.1.1 apresenta baixo risco de evoluir para formas graves que exigem hospitalização e cuidados especializados”, explica Macário.

Os municípios já foram informados, e estão realizando investigação complementar dos casos.

Alertas para reforço das medidas preventivas
A SES/SC emitiu duas notas informativas alertando os serviços de saúde e a população sobre a situação da Covid-19. Uma delas trouxe recomendações aos serviços de saúde sobre o uso das máscaras de proteção para a prevenção e o controle da disseminação de vírus respiratórios, incluindo o SARS-CoV-2 (Nota Informativa Conjunta nº 012/2022), e a outra alerta sobre a Circulação da variante BQ.1.1 do SARS-CoV-2 e possível aumento de casos da COVID-19 (Nota informativa Conjunta nº 013/2022).

Com a confirmação da circulação da variante BQ.1.1, é esperado um aumento de casos de Covid-19 para as próximas semanas. No entanto, até o momento não há evidências de que a BQ.1.1 esteja associada a um aumento de infecções mais graves, principalmente em pessoas com vacinação completa. Neste sentido, é fundamental que a população mantenha o seu status vacinal atualizado, recebendo as doses de reforço dentro do prazo recomendado.

“Todos os municípios possuem vacinas em seus estoques disponíveis para serem utilizadas como primeira dose de reforço para pessoas a partir dos 12 anos de idade, e como segunda dose de reforço para pessoas a partir dos 30 anos de idade. Além disso, pessoas que não iniciaram ou não completaram o esquema primário de duas doses, devem fazê-lo o quanto antes”, recomenda a Gerente de Imunizações da DIVE/SC,Arieli Schiessl Fialho.

Prevenção
Em um relatório do Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC) , divulgado em 21 de outubro, estima-se que os casos de Covid-19 atribuíveis a BQ.1 e BQ.1.1 serão responsáveis ​​por mais da metade das infecções entre meados de novembro e início de dezembro. E no início de 2023, de acordo com o ECDC, mais de 80% dos casos na Europa serão devidos a essas subvariantes. Daí a necessidade de adoção de medidas preventivas e de preparação dos serviços para uma possível nova onda de infecções por Covid-19.

Outras atitudes importantes são aquelas relacionadas a prevenção, como lavar as mãos com água e sabão ou álcool gel frequentemente, manter ambientes arejados, evitar aglomerações e utilizar máscaras de maneira adequada, principalmente quando estiver em ambientes fechados, bem como para as pessoas com maior vulnerabilidade, como. gestantes, idosos, imunodeprimidos e portadores de comorbidades. Também é importante o uso de máscaras por parte de trabalhadores de saúde, pacientes e acompanhantes enquanto permanecerem no ambiente hospitalar.

“É importante, ainda, que objetos de uso pessoal não sejam compartilhados e que as mãos sejam lavadas várias vezes ao dia, com água e sabão, ou higienizadas com álcool gel, pois as superfícies tocadas podem estar contaminadas”, acrescenta o médico infectologista da DIVE/SC, Fábio Gaudenzi.

Caso apresente sintomas gripais, recomenda-se procurar um serviço de saúde para exame clínico e coleta de material para exame laboratorial. É fundamental que pessoas sintomáticas utilizem máscaras sempre que estiverem em ambientes coletivos, para reduzir o risco de transmissão para outros.

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Amanda Mariano / Bruna Matos / Patrícia Pozzo
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